Temos tendência a acreditar que todos queremos o melhor para nós. Será que é mesmo assim? Ou por vezes contentamo-nos com menos?
Reparei que as mulheres à minha volta preferem exprimir as suas atitudes e que falam das coisas que querem. Nunca se diria que estas mulheres se contentam com menos.
No entanto, quando se trata de amor e de relações, as coisas podem ser diferentes.
Há algumas razões pelas quais as mulheres optam por permanecer numa relação, mesmo quando não estão satisfeitas com os seus parceiros. Depois de ouvir as suas histórias, posso dizer-lhe 4 dessas razões.
Medo de acabar sozinho
Penso que a maioria das mulheres se debate com este problema. É natural que todos nós procuremos segurança e conforto nos nossos parceiros. Existe um mito que retrata a solidão como algo terrível.
Por vezes, temos a imagem estereotipada de uma senhora idosa solteira com um monte de gatos. E apesar de brincarmos com isso, temos secretamente medo de também acabarmos assim. Esta é a razão mais comum pela qual as mulheres permanecem em maus relacionamentos.
Acreditam que estar com qualquer um é melhor do que ser sozinho. Mesmo que não se sintam atraídas por um homem e não o amem, continuam a sair com ele porque sentem que têm (pelo menos alguma) segurança.
Como uma nova geração de mulheres fortes e independentes, temos de provar ao mundo que não precisam de ninguém para serem felizes. Senhoras, pensem nisso. Será que estar sozinha é realmente pior do que estar com a pessoa errada?
Não me parece.
Baixa autoestima
Muitas mulheres estão a enfrentar problemas porque não se acham suficientemente bonitas, inteligentes, etc. Sair das suas zonas de conforto assusta-as. Algumas mulheres não acreditam que podem ter melhor do que aquilo que já têm e não querem arriscar tudo. Têm medo de serem rejeitadas pelos homens, e é por isso que se mantêm fiéis aos seus parceiros, apesar de não serem os pares perfeitos.
Além disso, as mulheres com baixa autoestima não gostam de conflitos e discussões, pelo que fazem tudo para evitar confrontos. Têm medo de romper com os seus parceiros. Fingem que está tudo bem porque são inseguras.
Talvez pensem: "Quem mais me quereria?".
Este é um obstáculo que todas as mulheres adultas devem ultrapassar. Quando recuperarmos a nossa autoestima, faremos o que for preciso para sermos felizes. Tenho a certeza.
Ver também: 6 sinais verdadeiros de que o amas muito mais do que ele te ama
Para o bem das crianças
Ao longo da história, manter uma relação ou um casamento só por causa dos filhos era considerado a coisa certa a fazer. Há muito tempo atrás, isto era mesmo considerado uma obrigação da mulher. Ainda hoje, algumas mulheres sentem-no como algo obrigatório.
As mulheres confessaram que decidiram suportar todo o tipo de problemas (como parceiros abusivos, maridos traidores, etc.) só porque não queriam desiludir os seus filhos. Uma relação/casamento assim está destinada ao fracasso.
De facto, se querem o melhor para os vossos filhos, devem acabar uma má relação. Não está a fazer um favor aos seus filhos se os deixar crescer numa família infeliz.
Além disso, não está a dar um bom exemplo para elas, especialmente se tiver filhas. Lembre-se de que é o modelo delas. É seu dever ensinar-lhes uma visão saudável do amor, das relações e do casamento.
Amor
Talvez isto pareça estranho, mas quando amamos tanto alguém, recusamo-nos a ver a realidade tal como ela é. Continuamos a tolerar algumas coisas que são muito más para nós. Deixamos que nos enganem, que nos manipulem, que nos mintam. Por vezes, pergunto-me: estaremos loucos ou quê?
Sim, é possível a uma mulher amar verdadeiramente o seu parceiro, apesar de tudo. No entanto, o amor ilimitado pode, por vezes, causar-nos danos se formos cegamente levados por ele.
Há um grande perigo à espreita: a possibilidade de sacrificarmos tudo só porque amamos alguém.
É preciso muita coragem para as mulheres nestas situações. Desistir do seu amor é provavelmente a coisa mais difícil. Todos sabemos como é difícil terminar uma relação e como pode ser ainda pior quando ainda se tem sentimentos por alguém.