É difícil, mas tens de o fazer. Vais ter de o deixar ir.
Eu sei que a dor de sentir a falta de alguém é por vezes mais difícil do que agarrar-se a alguém e magoar-se de novo. Terás de o fazer na mesma.
Não vale a pena agarrarmo-nos a coisas que nos continuam a magoar. As coisas que nos destroem não são amor.
Por isso, tem de o deixar ir para salvar a única pessoa que pode salvar - você mesmo.
Tens de proteger o teu coração. O que estás a perder não é ele, são apenas as tuas memórias dos bons dias e de como costumava ser.
O momento em que começamos a pensar em como as coisas costumavam ser é muitas vezes o momento em que, involuntariamente, admitimos a nossa derrota.
Recordar os velhos tempos é uma das provas de que algo na relação não está bem.
Nós mudamos e, à medida que envelhecemos, somos menos ingénuos. É mais fácil detetar padrões tóxicos quando se está sóbrio da paixão.
Por que razão se agarraria a alguém que não vale a pena - alguém que não o aprecia nem o compreende?
Por que razão se agarraria a algo que sabe, no fundo do seu coração, que não é a coisa certa para si?
Por vezes, temos medo de admitir que aquilo a que chamámos amor não é, afinal, amor.
Arriscámos tudo o que somos e acabámos por nos perder por algo que nem sequer era real.
Está na altura de pôr as coisas em perspetiva. As coisas que te aconteceram não são maldições. Não são tragédias.
Tudo o que nos acontece de mau é uma experiência de aprendizagem. Se não gostamos do ponto em que estamos, podemos seguir em frente. Isso inclui-o a ele.
O progresso nunca é o resultado de uma vida perfeita. É o resultado de fracassos, de dor e da nossa vontade de aprender com eles.
As coisas que lhe aconteceram são empurradas noutra direção. Uma direção melhor.
De vez em quando, a vida coloca-nos um obstáculo, só para nos lembrar para onde estamos a ir.
Olhe à sua volta. É isso que queres? Pensar sem parar no que aconteceria se, por uma vez, se defendesse?
Dê uma oportunidade a si própria. És uma mulher forte, mesmo que não seja assim que te vejas agora.
Deixar ir é um ato de coragem. Essa esperança que sentes dentro de ti e que não te deixa desistir - guarda-a para ti.
Pára de comprometer o teu valor. Deixa a dúvida de lado. Confie no seu instinto. Decida ouvir-se a si próprio e veja o que acontece.
Admitir a verdade a nós próprios é sempre a coisa mais difícil. Temos de admitir que somos a única pessoa que nos pode salvar. E sabes que mais? Isso significa que vais conseguir.
A mesma paixão e determinação que o levaram a lutar pela sua relação irão agora transformá-lo na melhor versão de si próprio. Deixe-se ser quem é.
Abre os olhos e vê que és suficiente. Evitar a dor e as emoções desagradáveis não é coragem; enfrentá-las é que é.
Crescer não é confortável porque é novo. É algo que ainda está por explorar. Não é seguro. É dizer não ao medo e entrar em algo que o vai melhorar.
Pára de procurar as coisas de que precisas nos sítios errados, quando podes encontrar tudo em ti. É de ti que precisas.
Quando te encontrares a ti próprio, é aí que a pessoa certa virá. Não podemos ser completos quando estamos perdidos, e não podemos completar os outros quando não temos nós.
Quando se está orgulhoso de quem se é, é aí que a pessoa certa nos pode ver.
Conserva-te, pois é a coisa mais preciosa que tens. És insubstituível, único e suficientemente bom como és.
Nem num milhão de anos haverá alguém como tu. Faz um favor ao mundo e valoriza-te a ti próprio.
Certifique-se de que nada se interpõe no seu caminho. O que o está a impedir de ter o que quer é deixar ir.
Deixando-o ir. Abandonar as expectativas. Deixar a dúvida de lado.
O que vos aproxima é decidir que a única coisa pela qual vão lutar é por vós. Porque não mereces menos do que isso.
As dificuldades e a dor são chamadas de atenção. Comece agora, tire o melhor partido disso, e por favor:
"Deixa-o ir; guarda-te." (Shrijan Shreyaans)